O Bahêa e o Corinthians

Em 1981, o Corinthians fez um péssimo Campeonato Paulista. Naquela época, era o desempenho nos campeonatos estaduais que classificava o time para o Campeonato Brasileiro (da mesma maneira que ocorre na Copa do Brasil nos dias de hoje), e, desse modo, o Corinthians disputou a Taça de Prata, uma espécie de Série B.

Naquela época, o Corinthians não possuía títulos nacionais, apenas torneios estaduais e regionais. O Bahia já possuía um título nacional e se preparava para o segundo, que viria a acontecer em 1988. 

Com os resultados ruins, o presidente Vicente Matheus foi embora e começou um período que ficaria conhecido como Democracia Corintiana. Não, não eram as eleições diretas. Mas os jogadores passaram a ter maiores decisões dentro do clube, sempre votando. O que muda? Chega de salários atrasados que desmotivam os jogadores. Além do mais, há sim jogadores que não se preocupam apenas com a grana, e ter votos de atletas como Ávine, Gabriel e Lomba seria ótimo. E, apesar de o Corinthians ainda não ter voto direto, o próprio time faz uma campanha para isso. Além do mais, o Programa Fiel Torcedor não é só enrolação. Tanto é o Corinthians já tem 90 mil sócios que chegaram a lotar o Pacaembu (http://www.corinthians.com.br/portal/noticias/2012/06/14/10h00-id15367-programa+fiel+torcedor+faz+historia+no+futebol+brasileiro.shtml#.UMYkCoOCn4J)

Voltando a história do clube paulistano: o Timão conseguiu ganhar vários campeonatos Paulistas, mas o título nacional ainda não havia chegado. É quando o Corinthians Paulista passa a apostar nas categorias de base. Em vez de ficar vendendo os garotos a preço de banana e manter um elenco velho e desinteressado. E assim veio o título de 1990. O Corinthians, aliás, foi quem eliminou o Bahêa, nas semifinais.

É claro que a equipe por mim tão elogiada sempre tem ajuda dos juízes e da mídia. Mas ela só conseguiu isso porque impôs respeito.

E cá estamos nós, comemorando permanência na Série A, enquanto eles vão disputar o Mundial Interclubes no Japão.